rebate

'Não existe dinheiro do Bolsonaro, existe o dinheiro da população', diz Eduardo Leite

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Felipe Dalla Valle (Piratini/ divulgação)

O chefe do Executivo gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), rebateu no fim da tarde desta segunda-feira as provocações do presidente Jair Bolsonaro, que no fim de semana utilizou as redes sociais para responder à postagem na qual Bolsonaro lista valores que o governo federal teria repassado em 2020 a cada estado. Acontece que Leite, a exemplo de quase outros 20 governadores, destacou que os recursos efetivamente repassados para a área da saúde são uma quantia "absolutamente minoritária" dentro do montante publicado pelo presidente.

Ainda no Twitter, o governador tinha escrito que o "presidente da República mistura, sem explicar, todos os repasses federais (até os obrigatórios pela CF) e fala que mandou R$ 40 bilhões pro RS. Se a lógica é essa, fica a dúvida: como o RS mandou pra Brasília 70bi em impostos federais, cadê os nossos outros 30bi que enviamos?"

Fevereiro bate recorde de mortes por Covid-19 em Santa Maria

Já na tarde desta segunda-feira, Leite acompanhado de técnicos do secretariado elevou o tom contra o mandatário da nação.
- Não existe dinheiro do Bolsonaro, existe dinheiro público, existe o dinheiro da população - sentenciou.

O tucano, que se coloca no cenário da sucessão presidencial para 2022, criticou "narrativa negacionista e de negação da ciência" de Bolsonaro. Na sequência, também enfatizou que o presidente "insiste na divisão, no conflito, no confronto" e que o capitão da reserva, alçado à presidência da República, "preferiu aprofundar a cisão, gerando mortes que poderiam ter sido evitadas".
- E, ainda, lança dúvidas sobre a vacina - resumiu.

VÍDEO: de forma remota, ano letivo da rede municipal começou nesta segunda

MODELO DEFENDIDO
De olho na corrida presidencial, Leite defendeu o modelo do distanciamento controlado, que vem sendo adotado pelo Executivo gaúcho, e disse que tal medida se impõe frente ao avanço da pandemia:
- Não se resolve a pandemia apenas com a abertura de leitos, não na mesma velocidade que o vírus se propaga. Por isso que o distanciamento se impõe.

AUXÍLIO
O governador Leite falou que o socorro emergencial, concedido pela União, se deu em contrariedade ao próprio entendimento do governo federal, e que tal medida apenas passou a valer por pressão do Congresso. Falou ainda que do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que tem origem no governo central, o Rio Grande do Sul recebeu R$ 126 milhões.

VÍDEO: SM tem menos irregularidades, mas aumenta denúncias em festas particulares

Ao todo, Leite detalhou que a União repassou ao governo do Estado uma cifra de R$ 3,05 bilhões. Deste valor, foram contempladas as seguintes demandas: reparar perdas econômicas e não comprometer serviços; emprego na saúde; editais de repasse ao setor da cultura. Ainda na saúde, como reforço à área em decorrência da pandemia, foram aportados R$ 826 milhões. De forma específica na saúde, foram R$ 310 milhões em hospitais e mais R$ 214 milhões para outras ações.

SALÁRIOS
Leite defende que, sem as medidas de austeridade de equilíbrio fiscal, aplicadas pelo governo em função das reformas colocadas em prática, o Estado não teria conseguido a economia de R$ 700 milhões:
_ As reformas impediram, com medidas austeras e com equilíbrio fiscal, uma economia de R$ 700 milhões. Esse valor teria sido consumido pelo aumento da folha de pagamento e pelo déficit previdenciário. Aí não teríamos os salários em dia com a economia desses R$ 700 milhões.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Diesel e gás de cozinha têm PIS e Cofins zerados a partir de decreto de Bolsonaro

Próximo

ESA traz a real chance de um novo ciclo econômico

Política